A Imprensa no Norte de Santa Catarina
Mesmo com São Francisco do Sul então com cerca de dois séculos de existência, a imprensa no Norte de Santa Catarina tem como data de nascimento o dia 2 de novembro de 1852, quando surge o jornal manuscrito “Der Beobachter am Mathiasstrom” – O Observador às margens do Rio Mathias – , sob a iniciativa do imigrante polonês Karl Konstantin Knüppel, chegado a Joinville a 13 de dezembro de 1851 a bordo do veleiro “Neptun”.
Aos 34 anos, solteiro, Karl Knüppel procedia da cidadezinha de Pinne, interior da Prússia Oriental, atual Polônia, de profissão lavrador, viria a se constituir no escrivão da colônia e, como tal, bem informado sobre tudo o que acontecia na colônia Dona Francisca, além de receber notícias “de fora”, decidiu publicar um “boletim informativo”, que redigia de próprio punho e depois “assalariava” terceiros calígrafos para, exaustivamente, repetirem de 20 a 30 outras cópias comercializadas a 120 réis a ávidos leitores da colônia.
“O Observador às margens do Rio Mathias”, contudo, já pelo título denunciava o perfil da publicação que tinha o espírito indomável do melhor jornalismo, de ironia, denúncia e críticas. O ribeirão Mathias, assim denominado em homenagem ao presidente da Sociedade Colonizadora Hamburguesa de 1849, senador Mathias Schroeder, constituía-se num plácido córrego no centro da colônia, de águas calmas e serenas, jamais num rio caudaloso, estrepitoso, como seria o caso do vocábulo “strom”, próprio para designar grandes rios como o Amazonas ou o Nilo.
“Mathiasstrom”
O “Mathiasstrom” nasceu apenas três meses antes de “Der Kolonist” – O Colono – , fundado em Porto Alegre a 2 de agosto de 1852, então o primeiro jornal em língua alemã em todo o país. O de Joinville seria o segundo em língua alemã no Brasil. É possível que o próprio lavrador-jornalista da colônia Dona Francisca, Knüppel, tenha sido estimulado pelo surgimento do jornal portoalegrense, do qual deve ter tido conhecimento em razão de suas funções de escrivão na colônia.
Na primeira página, o “artigo de fundo” do número um do “Observador”, destaca: “demos adeus à plagas do torrão natal. Ah! Doloroso adeus. Apoderou-se de nós e consigo nos arrastou a possante corrente de desconfiança e do fracasso. Não tinha mais espaço para nós, a terra que fez a felicidade de nossos pais e que amávamos mais do que o nosso sangue? O que foi – e continua sendo – que nos expulsou, aos milhares, da idolatrada e inesquecível pátria? É a vontade de uma Providência onisciente e insondável, que generosamente se revela, sempre que um coração torturado anseia por mitigação e que, pródiga, estende sua mão, onde existe alma em desespero”.
Pouco adiante, os objetivos do jornal:
– “levar a opinião e os anseios de todos ao conhecimento geral; informar os colonos a respeito das condições da colônia, desde o seu início; informar as obrigações da Sociedade Colonizadora e a maneira de sua aplicação; informar a respeito das obrigações dos colonos e de seus direitos para com o Estado, o Príncipe de Joinville e a Sociedade Colonizadora; demonstrar a necessidade da formação de uma comuna; demonstrar a situação no futuro, caso perdurem as atuais condições; debater as condições entre empregadores e empregados e demonstrar porque seria mais vantajoso para a colônia se fossem empregados apenas trabalhadores europeus; esclarecer assuntos como escola, igreja, hospital, caridade e coleta”.
O “Observador” irá ainda: “divulgar os meios para melhor produção das diversas culturas agrícolas e esclarecer sobre a venda dos produtos; coletar e publicar assuntos de interesse geral, e para que o útil seja unido ao agradável, publicará anedotas e pilhérias sadias e miscelâneas que lhe forem enviadas e anúncios”. (Tradução Elly Herkenhoff, in “História da Imprensa de Joinville”,1998, págs. 18 e 19).
Não se tem notícia sobre a existência de uma única cópia do primeiro jornal da colônia, nem informações sobre até quando circulou o “Observador”, sabe-se, contudo, que o jornalista Knüppel no ano de 1861, já casado com Caroline Baring desde julho de 1853, instalou-se na cidade de São Paulo para lecionar na Escola Alemã. Posteriormente transferiu-se para Botucatu, onde, em 1880, fundou o “Colégio Benjamin Franklin”, vindo a falecer no dia 18 de setembro de l895.
“Kolonie- Zeitung”
A “grande imprensa” da colônia Dona Francisca teria início com o surgimento do “Kolonie-Zeitung”, a 20 de dezembro de 1862, com a publicação do “probenummer”- exemplar de prova – por iniciativa do advogado, jornalista e político Ottokar Doerffel, chegado à colônia a bordo do “Floretin”, no dia 20 de novembro de 1854.
Ottokar Doerffel terá excepcional presença na vida política, cultural e econômica da colônia, figurando como fundador das primeiras instituições, dos quais o jornal “Kolonie” será das mais importantes e fundamentais para o sucesso do empreendimento colonizador. Instalado em modesta casa onde mais tarde edificaria a sólida residência que hoje abriga o Museu de Arte de Joinville, na Rua 15 de novembro, ali mesmo instalaria uma pequena prensa, adquirida em Leipzig, e iniciaria a publicação do primeiro jornal impresso de Joinville.
Publicado aos sábados, integralmente em língua alemã, destinava-se a ser uma espécie de órgão oficial das colônias de Joinville e Blumenau. A assinatura anual custava 1.500 réis e o número avulso 100 réis. “Qualquer artigo de interesse geral será publicado gratuitamente, enquanto os anúncios serão cobrados a 150 réis e 120 réis, por linha”.
O jornal de Ottokar Doerffel será publicado ininterruptamente por 80 anos consecutivos, transformando-se em importante fonte de informações para a história de Joinville. A única coleção completa das oito décadas do jornal encontra-se no Arquivo Histórico de Joinville. Após a morte de Ottokar, em l906, o jornal passou às mãos da família Boehm, inicialmente de Carl W. Boehm e depois para seu filho, Otto, que mantiveram por longas décadas importante empresa gráfica e livraria na cidade.
O “Kolonie – Zeitung” cresceu ao longo dos anos, ampliou o número de páginas e de edições, circulando até três vezes por semana, e teve sua publicação interrompida em l942, depois de quatro anos de dificuldades crescentes, a partir de l938, quando seus editores tiveram que publicar o jornal em português, em razão da Campanha de Nacionalização decretada por Getúlio Vargas. Ainda no início da década de l940, a grande maioria de assinantes e leitores, espalhados por todo o Sul do Brasil, só conseguia ler jornal na língua de Goethe, o que determinou o fechamento da empresa, 80 anos após a edição número um do “Kolonie-Zeitung”.
Outras publicações
Levantamento feito pelo historiador Plácido Gomes e publicado no Álbum do Centenário de Joinville, em 1951, enumera dezenas de publicações jornalísticas feitas na cidade até aquela data. A grande maioria foi de publicações efêmeras, quase todas de cunho político-partidário, uma característica do jornalismo que se praticava na primeira metade do século 20 em todo o país, que nasciam e desapareciam ao sabor dos interesses político-eleitorais de cada momento.
Raras foram as iniciativas de cunho empresarial, de caráter supra-partidário, de forma que passamos a citar de forma abreviada as princiapis publicações enumeradas por Plácido Gomes:
1884 – Publicou-se O Globo, “noticioso e comercial”, de propriedade de M. Moreira da Silva Reis Jr., posteriormente passou a denominar-se “O Democrata”, órgão oficial do Partido Liberal;
1885 – Apareceu “O Constitucional”, filiado ao Partido Conservador;
1885 – Imprime-se o “Neue Kolonie Zeitung”, sob a direção de Robert Gernhad, substituído logo depois pelo “Reform”, composto e impresso em tipografia própria;
1877 – A Gazeta de Joinville – primeiro jornal em português – numa colônia de pouco mais de 20 mil habitantes, com a grande maioria falando apenas o alemão e, também, lendo apenas textos em alemão. A Gazeta era impressa na gráfica do “Kolonie” e tinha como redator principal Carlos Lange e colaboradores Etiene Douat e o telegrafista Manoel da Costa Pereira;
1891 – Surge “A Gazeta de Joinville”, sem caráter político-partidário;
1891 – Imprimiu-se o “Volkstaat”, tendo como redator Albino Kolbach, posteriormente sucedido por Vitor Mueller e Francisco Schendl;
1905 – Em abril, surge outra “Gazeta de Joinville”, de propriedade do jornalista Eduardo Schwartz, tendo como redator Crispim Mira, um dos mais conceituados jornalistas de Joinville nas primeiras décadas do século 20 e que seria assassinado em Florianópolis, em 1927;
1910 – Surge o “Die Fackel”, com duas publicações semanais, sob a orientação política do Dr. Abdon Batista;
Ao longo da década de l910 publicam-se em Joinville, em português, A Gazeta e o Comércio de Joinville. Em alemão o Joinvillenzer Zeitung e o Kolonie Zeitung. Circulam ainda, no período, publicações com nomes sugestivos de O Gato e a Borboleta e a Revista do Estado; A Comarca é outro jornal de cunho político, sob a direção do Dr. Carlos Gomes de Oliveira e Marinho Lobo.
1919 – surge o “Jornal de Joinville”, de propriedade do jornalista Eduardo Schwartz, tendo como redatores Aristides Rego e Carlos Gomes de Oliveira. Primeiramente bissemanário, depois trissemanário e por fim diário, a partir de 1924. Foi um dos mais importantes jornais da cidade, posteriormente encampado pela rede dos Diários Associados. Circulou até a década de l980.
Jornalistas importantes
Ainda da lavra de Plácido Gomes, registre-se os seguintes apontamentos sobre veículos e redatores importantes na primeira metade do século 20: “ depois de l905, podem ser citados como os mais freqüentes colaboradores da imprensa joinvilense os seguintes, cada qual em seu tempo e com mais ou menos assiduidade: Crispim Mira, Ignácio Bastos, Avelino de carvalho, Eduardo Schutel, Arthur Costa, Plácido Gomes, Carlos Gomes de Oliveira, Ulysses Costa, Leonel Costa, Leopoldo Jardim, Aristides Rego, Moacyr Gomes, Montezuma de Carvalho, César de Carvalho e Dr. Plácido Olympio de Oliveira.”
Na imprensa alemã: Victor Muller, Albino Kolbach, Eduardo Schwartz, Otto Boehm, Wolfgang Ammon, C. Kasting, F. Hudler, R. Busse e poucos mais.
Depois de l940, novos colaboradores se vieram juntar à lista dos precedentes: Heráclito Lobato, por cerca de 20 anos editorialista de A Notícia; Manoel Simões, José de Diniz, Oswaldo Silva, Augusto Sylvio Prodhol e Ilmar Carvalho. Nas secções esportivas Arcy Neves, N. Stamm, Realcy Moreira, Jota Gonçalves, Hugo Weber, José Lopes de Oliveira, Raul Vidal e Gilberto Navarro Lins. ( Dr. Plácido Gomes, Álbum do Centenário de Joinville, 1951, págs.49-53).
A Notícia
O primeiro número de A Notícia circulou no dia 24 de fevereiro de l923. O fundador do jornal, o paranaense Aurino Soares, se instalara na ainda quase colônia de Joinville a pouco tempo e vinha de experiências jornalísticas em cidades como Curitiba, Rio de Janeiro e Florianópolis.
Personagem polêmico e contraditório, Aurino tinha a pele morena, espírito aventureiro e grande tino comercial. Desde o início, tinha como intenção criar um jornal independente, acima das correntes políticas e em língua portuguesa, mesmo com a cidade tendo pouco mais de 20 mil habitantes, a maioria só usando a língua alemã, tanto para o convívio social, quanto como fonte de informação.
Instalou a Redação na Rua 3 de maio e começou A Notícia como semanário. Posteriormente passou a bissemanário e partir de l926 o jornal saía às ruas às segundas, quartas e sábados. Em 1929 adquire máquina própria de impressão e desde 11 de outubro de l930, passa a circular todos os dias da semana, ou seja, de terça a domingo.
A primeira fase de A Notícia desenvolve-se no período em que seu fundador comanda diretamente o jornal, o que acontece até 17 de dezembro de l944, quando Aurino Soares morre de forma repentina, vítima de aneurisma cerebral. Nesse período de pouco mais de 20 anos, A Notícia evoluirá de um modestíssimo semanário de 4 páginas, para um grande jornal, com parque gráfico próprio e dos mais equipados em todo o Sul do país. Com máquina impressora capaz de imprimir caderno de até 32 páginas – a primeira rotativa instalada ano Estado – o jornal publicava aos domingos revista ilustrada, a cores, com 24 páginas e tinha grande circulação no Estado de Santa Catarina e no Sul do país. No eixo Rio de Janeiro – Porto Alegre, era um dos principais jornais.
Com a morte do fundador, o jornal deixa de circular por 18 meses, só voltando às ruas a 1º de maio de l946, quando inicia a chamada segunda fase, que se prolonga até l956. O controle acionário pertence então ao empresário Antonio Ramos Alvim e ao político Aderbal Ramos da Silva, de Florianópolis.
A terceira fase de A Notícia começa no dia 23 de outubro de l956, com o jornal passando ao controle de um grupo de 130 acionistas, quase todos de Joinville, liderados por três empresários importantes da cidade: Helmut Fallgatter, Wittich Freitag e Baltasar Buschle.
A quarta fase tem início em l978 e dura até o presente, com a chegada de Moacir Thomazi à presidência do jornal, encarregado, inicialmente, de vender o jornal e, posteriormente, aprovado o seu projeto de recuperação, de recolocar A Notícia na liderança editorial e jornalística em Santa Catarina.
Ocupando nova sede, especialmente projetada para acolher empresa jornalística, à Rua Caçador, 112, A Notícia vem escrevendo novos capítulos de expansão desde então. Nova sede, novo parque gráfico, impressão a cores, edições todos os dias da semana, produtos especiais e contínua atualização em informática, conferem nova e pujante dimensão à empresa, com índices de crescimento recordes no setor em todo o país. Quando Thomazi chegou à empresa, em l978, A Notícia tinha tiragem de cerca de oito mil exemplares e edições de 8 a 12 páginas, com apenas 8 jornalistas.. Hoje a redação é constituída por 130 profissionais e as edições têm média de 50 páginas todos os dias. A Notícia foi o primeiro jornal brasileiro a conquistar a certificação ISO 14.001, com sistema próprio de gestão ambiental, que detém desde o ano 2002 e também a única empresa jornalística com tal certificação na América Latina.
Depois de conquistar dois prêmios Esso de Jornalismo, na região Sul, em l988 e l989, A Notícia obteve o primeiro lugar no prêmio Fernando Pini de excelência gráfica, da Associação Brasileira da Indústria Gráfica, nos anos de l999 e 2002, disputando as finais com jornais de porte como a “Folha”, o “Estadão” e “O Globo”, do Rio de Janeiro.
A registrar, ainda, a existência em Joinville, no período de março de l978 a outubro de l988 do jornal “Extra”, fundado por este autor, que se manteve em sua direção até janeiro de l979, quando era semanário e depois bissemanário. Posteriormente foi transformado em diário e assim se manteve até o encerramento de suas atividades, em outubro de l988.
Também o surgimento da “Gazeta de Joinville”, em dezembro de 2004. Semanário, a publicação tem caráter empresarial e pretende disputar o mercado editorial com edições de 12 páginas e circulação apenas local.
São Bento do Sul
A história da imprensa em São Bento do Sul começa também com o surgimento de um jornal manuscrito, como o “Mathiasstrom” em Joinville, em l852. Em São Bento será a vez de “O Urubu”, a partir de l885, doze anos após a fundação da colônia.
O autor da idéia será o médico Felipe Maria Wolf, que usava o periódico para difundir suas idéias republicanas. Já em l860 surge o “Liberdade”, impresso em tipografia, também com os mesmos ideais republicanistas.
O “Liberdade” deu lugar, em l892, ao “Legalidade”, ainda do mesmo médico e jornalista Maria Wolf, um republicano convicto, que cedeu sua residência para a instalação do quartel general dos revolucionários federalistas de l893.
Em julho de l900, ainda do mesmo Maria Wolf, surge o “Der Wolksbote”, escrito em língua alemã, sua circulação perdurou por dez anos, segundo pesquisa da jornalista Marília Maciel em sua monografia de final de curso, em 2003, na turma de jornalismo do Instituto de Ensino Superior Luterano, em Joinville.
Em l908, São Bento conhece simultaneamente o “Wolkszeitung”, composto de três páginas em língua alemã e uma página em português, que tinha o título de “Gazeta do Povo”. O jornal teria vida longa, reunindo a colaboração de nomes importantes da vida cultural sãobentense e seu último número circulou 29 anos depois da primeira edição, a 19 de novembro de l938.
A 1º de maio de l911 vem à lume “O Catharinense”, semanário, com 4 páginas, em português, fundado por Luiz de Vasconcellos, que também mantinha secções em alemão, e tinha forte conotação de jornal partidário, defendendo a proclamação da República.
Publicações de vida curta foram se multiplicando ao longo dos anos 30 e 40 em São Bento do Sul. Na data de 3 de janeiro de l963 surge o “Tribuna da Serra”. “A princípio saía como “Tribuna da Fronteira” e funcionava como uma extensão do jornal do mesmo nome, que circulava em Mafra. A partir da edição número dois, o cabeçalho indicava Antonio Dias e Nivaldo Lang como diretores. Arno Fendrich como diretor da sucursal de São Bento e Carlos Von Bathen como diretor da sucursal de Rio Negrinho e Alaor Lino da Silva como diretor-gerente. A adoção de sucursais comprova que o Tribuna tinha pretensões de regionalização”, informa a jornalista Marília Maciel.
Nos dias atuais São Bento conta com três jornais: “Informação”, circulando desde 14 de junho de l979. Inicialmente semanário, hoje circula às quartas-feiras e sábados, com redação e sede na cidade de Rio Negro, no Paraná. “Evolução”, criado em l990, circula às sextas-feiras, sob a direção de Pedro Skiba; “Tribuna do Povo”, semanário, sob a direção de Jairson Sabino; e “A Gazeta”, jornal diário, que circula desde 15 de março de l995, sob a direção de Cezar Celeski.
Jaraguá do Sul
Jaraguá do Sul tem no Correio do Povo, jornal com 85 anos de existência, fundado em 1919, quatro anos antes de A Notícia em Joinville, na forma de semanário, o seu mais antigo jornal. Mudando de proprietários várias vezes, o Correio do Povo tem se constituído num porta-voz da comunidade jaraguaense e hoje circula 5 vezes por semana, através de empresa gráfica sólida e com ambiciosos planos de futuro.
Antes de Eugenio Victor Schmöckel, diretor do Correio do Povo desde 1957, o jornal teve outros proprietários, muitos personagens da política e da economia de Jaraguá do sul. O fundador do jornal foi Venâncio da Silva Porto, que o dirigiu e imprimiu entre os anos de l919 a 1922. Seguiu-se a gestão de Artur Muller, entre os anos de l922 a 1936, que voltou ao jornal numa segunda gestão entre os anos de l943 a 1957, juntamente com Waldemar Grubba. Depois veio o comando de Paulino Pedri, 12 anos proprietário, de l946 a 1959; seguindo-se Murilo Barreto de Azevedo e Fidelis Wolf, Honorato Tomelin, até chegar ao comando o jornalista Eugênio Victor Schmöckel, falecido no dia 17 de maio de 2004, aos 82 anos de idade e poucos dias antes da passagem dos 85 anos do Correio do Povo.
Outras publicações
Nos dias atuais, circulam em Jaraguá do Sul os seguintes jornais: A Gazeta, com destaque para as editorias de esporte e sociedade; Absoluto, primeiro jornal eletrônico de Santa Catarina, diariamente, pela Internert; AN Jaraguá, caderno diário de A Notícia, com circulação desde 1997 ( semanal) e diária desde 04 de abril de 2000, com destaque para política, esportes e comunidade.
Em Jaraguá do Sul circulam ainda 7 revistas: Nossa Região; Fia Mais, Thefato; Dom sete, Quale, Mercado Brasil e Conteúdo.
Na região do Vale do Itapocu, destaque ainda para o Jornal do Vale, em Guaramirim e jornal O Regional, da mesma cidade.
————————- Apolinário Ternes
Referências bibliográficas
– Álbum do Centenário de Joinville, 1951;
– Ternes, Apolinário, História do Jornal A Notícia (1983, 1ª edição; 2003, 2ª edição, ampliada e revisada);
– Herkenhoff, Elly, Historia da Imprensa de Joinville, UFSC e Fundação Cultural de Joinville, 1998;
– Maciel, Marília; Imprensa em São Bento, monografia, Ielusc, 2003;
– Correio do Povo, edição especial de 85 anos, maio de 2004.