Perguntas
Artigo para quarta, 28-05-14
—-Apolinário Ternes
O raciocínio: com 45 milhões de pessoas beneficiadas pelo governo com renda mensal, é possível realizar eleições limpas e honestas? Ou basta um vídeo da Justiça Eleitoral dizendo que o voto é divino? Por que mudar o sistema de voto na última hora? Biométrico custa quanto? Num país em que estudar pouco e ler menos é apontado como sinal de inteligência, é possível esperar competitividade em alguma coisa? Quem está financiando a vinda de milhares de haitianos ao país, a custo individual só de passagens na ordem de CR$ 5 mil? E porque entram pelo Acre, via Peru? Os serviços de segurança devem investigar a qualificação dos mesmos. É verdade o rumor que integram forças paramilitares no país de origem?
O Brasil não é para bobos, mas coisas estranhas habitam o cotidiano. A CPI da Petrobrás existe porque o governo tomou a iniciativa de ‘aparelhar’ tudo, designando ‘investigadores’ deputados beneficiados por doações de campanha de empresas contratadas pela rainha-mãe. A cobertura da Copa cuidará do futebol ou dos protestos de rua? Pesquisas eleitorais podem induzir a resultados encomendados? Coligações partidárias gigantes resolvem? Se não for candidato único, Colombo se elege? Sem projeto e sem mensagem, a oposição sobe além dos 20% atuais? Eduardo Campos e Marina podem comer no mesmo prato? O sistema financeiro quer algum tipo de mudança? Um bilhão de reais por mês de lucro é suficiente? A meta é duplicar o lucro?
O modelo defendido por muitos para Joinville é do tipo Detroit: industrialização vertical! Quando quebra, como lá, faz o quê? A economia tende a ser a mesma, salários baixos, poder de comprar idem e qualidade de vida avançando para trás. Em quase tudo, não apenas na saúde, segurança e educação. Estamos no cenário de Saramago, de inexplicável cegueira. Em tempo de mediocridade, que tem um olho fica calado. Apesar do imenso desconforto de tudo. E do aplauso insistente dos cooptados. Num país assim, perguntar é ofensivo, ou deve ser censurado?