Humilhante
Artigo, 26-11-14b
Humilhante
—- Apolinário Ternes
Os números da Petrobrás assustam a nação. De fato, São espantosos, a demonstrar que não se trata de operação destinada a levantar recursos para a base aliada, a políticos que dão verniz de país civilizado ao Brasil. Trata-se, de maneira explícita, de quadrilha montada para o mais ousado assalto ao patrimônio público. E não apenas na outrora maior empresa da América Latina. Também em construções faraônicas projetadas para a Copa do Mundo e as Olimpíadas, tudo fruto de um plano maquiavélico de expropriação da nação que, saem as primeiras informações, alcançariam outros setores.
Sim, trata-se de projeto avançado de expropriação do patrimônio dos brasileiros, montado para o enriquecimento de poucos, na medida em que o lulopetismo carece de base intelectual ou filosófica para revestir de ideologia o que está cometendo há doze anos. Assalto, cujos números humilham para a eternidade qualquer outra falcatrua já cometida nos últimos 500 anos. É disso que se trata, e não apenas de um cômico ‘terceiro turno’ como sugeriu o ministro da Justiça, alto prócer do esquema de poder de Brasília. Não se trata, ainda, de acusar este ou aquele partido. O que a senhora presidente chama de malfeitos, envolve políticos de múltiplos partidos, e trata-se de organização criminosa, como lembrado no STF, agora apanhada em plena delação premiada.
Os brasileiros precisam saber que a nação foi roubada, por muitos e por longo tempo, em valores assombrosos. Precisa se convencer de que o Estado deve sofrer ampla e radical limpeza em todas as suas estruturas. Os valores do PT, como ‘a ignorância é linda, a burguesia deve ser varrida do mapa, imprensa boa é a controlada, intelectual é o vírus do mal, que povo só precisa de circo’ e tantos outros princípios da gatunagem, devem ser eliminados do nosso cotidiano. Sim, é preciso dizer com todas as letras possíveis: não são malfeitos, é crime continuado. Sim, a nação dispõe de arcabouço jurídico para limpar a área e superar a crise. O golpe que precisamos é da lei. De Código Penal e, se preciso, da Constituição. Para ocupantes de foro privilegiado. A ordem que precisamos, é devolver os criminosos às penitenciárias. Estejam, hoje, onde estiverem. E isso inclui gente poderosa, uma boa parte da elite política e empresarial. Sem isso, não devemos esperar avanços sociais, crescimento econômico e continuaremos com baixa credibilidade nos meios sérios do planeta. Somos, agora, iguais à Venezuela de Maduro ou à Argentina de Cristina Kirchner. Espetáculo patético que envergonha 200 milhões de pessoas. A Justiça que funcione, ainda que poucos acreditem nisto. Falta um Joaquim em Brasília.